Essa música é legal...
e essa aqui é tinhosa...
Acho preto e branco muito bonito.
O rapaz em questão chama-se Grahan Coxon e segundo nossa amiga wikipedia:
"Graham Coxon (nascido Graham Leslie Coxon em 12 de Março de 1969, Alemanha Ocidental) é conhecido como o ex-guitarrista na banda inglesa Blur. Ele participou dos primeiros seis álbuns da banda, incluindo o famoso disco de 1994, Parklife. Graham toca em seus discos vários instrumentos, como guitarra, bateria e saxofone."
São dois sons do disco Love Travels At Illegal Speeds de 2006. Tinhoso. Tem algumas baladas legais também.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
24 de Novembro
Desde antes de começar esse mês eu tinha uma grande expectativa em relação a como seria esse dia, que caiu no ultimo sábado. Meu pai estaria completando 54 anos, se uma infeliz doença não tivesse nos tirado o convívio dele.
Fazia tempo que queria escrever sobre tudo isso, mas não conseguia. Resolvi que ia aproveitar a época do aniversário dele pra fazer isso de uma vez.
Sexta e sábado não consegui. No domingo, estava zapeando os canais e por acaso caiu no Faustão. Tinha um quadro daqueles que os familiares de algum famoso contam histórias e o cara assiste e comenta a respeito. Quem tava participando esse dia era o Rogério Ceni. Eu particularmente nunca gostei nem um pouco dele por motivos de futebol e porque achava que ele era meio metidão. Mas ele falou uma coisa naquele momento que me sensibilizou, e me identifiquei. Ele perdeu a mãe cedo. Ela pôde ver apenas dois ou três jogos dele como profissional. Falou que a mãe dele era meio que o ponto de equilíbrio da família dele.
Eu acredito que era mais ou menos isso que meu pai era na minha família. Não só na minha família, mas na minha vida. Sempre o tive como base pra praticamente tudo. Mesmo tendo morado sozinho nos últimos anos, sempre que podia tentava ouvir o que ele tinha a dizer e tentava seguir o que ele me sugeria. Raramente dava errado. Então além de perder alguém por quem eu nutria um sentimento enorme e tenho certeza que era recíproco, eu acabei perdendo minha principal referencia de vida. Aquela pessoa que tu recorre quando não sabe mais o que fazer. Sem falar que ele foi meu primeiro e maior amigo, nesses anos que tive a oportunidade de conviver com ele.
Mas o mais legal é que a tristeza meio que passou, o que fica na memória agora são os momentos bons. O futebol que jogamos e assistimos juntos milhares de vezes. Filmes, filmes e mais filmes vistos e comentados. As piadas e brincadeiras que um aplicava no outro, aliás, certamente foi ele que me deu a primeira dose disso que se tornou praticamente um vício na minha vida: o humor. E assim a vida segue. Devagarinho as coisas vão sendo recolocadas no eixo.
Não podia escrever isso sem mencionar a importância dos amigos e da família durante esse tempo. Ficar junto a pessoas que eu gosto ajudou muito a me manter pra cima nesse ultimo fim de semana e no resto do ano também. A essas pessoas eu só tenho a manifestar minha eterna gratidão, sem vocês, tudo isso seria muito pior.
Desculpem amigos que leram o primeiro post e acharam que o post seguinte fosse ser no mesmo estilo. Mas era algo que estava guardado aqui dentro há muito tempo. Eu precisava escrever isso. E talvez tenha sido um dos motivos que me levaram a criar esse blog. Demorei um certo tempo para escrever porque era inevitável não me emocionar a cada parágrafo. Mas como eu falei anteriormente, o que ficam são as lembranças boas e a vontade de viver e ser feliz que, certamente, foram os maiores legados que ele poderia ter me deixado.
e essa é uma musica que lembra bastante ele:
"And now he's home, and we're laughing
Like we always did my same old, same old friend"
Fazia tempo que queria escrever sobre tudo isso, mas não conseguia. Resolvi que ia aproveitar a época do aniversário dele pra fazer isso de uma vez.
Sexta e sábado não consegui. No domingo, estava zapeando os canais e por acaso caiu no Faustão. Tinha um quadro daqueles que os familiares de algum famoso contam histórias e o cara assiste e comenta a respeito. Quem tava participando esse dia era o Rogério Ceni. Eu particularmente nunca gostei nem um pouco dele por motivos de futebol e porque achava que ele era meio metidão. Mas ele falou uma coisa naquele momento que me sensibilizou, e me identifiquei. Ele perdeu a mãe cedo. Ela pôde ver apenas dois ou três jogos dele como profissional. Falou que a mãe dele era meio que o ponto de equilíbrio da família dele.
Eu acredito que era mais ou menos isso que meu pai era na minha família. Não só na minha família, mas na minha vida. Sempre o tive como base pra praticamente tudo. Mesmo tendo morado sozinho nos últimos anos, sempre que podia tentava ouvir o que ele tinha a dizer e tentava seguir o que ele me sugeria. Raramente dava errado. Então além de perder alguém por quem eu nutria um sentimento enorme e tenho certeza que era recíproco, eu acabei perdendo minha principal referencia de vida. Aquela pessoa que tu recorre quando não sabe mais o que fazer. Sem falar que ele foi meu primeiro e maior amigo, nesses anos que tive a oportunidade de conviver com ele.
Mas o mais legal é que a tristeza meio que passou, o que fica na memória agora são os momentos bons. O futebol que jogamos e assistimos juntos milhares de vezes. Filmes, filmes e mais filmes vistos e comentados. As piadas e brincadeiras que um aplicava no outro, aliás, certamente foi ele que me deu a primeira dose disso que se tornou praticamente um vício na minha vida: o humor. E assim a vida segue. Devagarinho as coisas vão sendo recolocadas no eixo.
Não podia escrever isso sem mencionar a importância dos amigos e da família durante esse tempo. Ficar junto a pessoas que eu gosto ajudou muito a me manter pra cima nesse ultimo fim de semana e no resto do ano também. A essas pessoas eu só tenho a manifestar minha eterna gratidão, sem vocês, tudo isso seria muito pior.
Desculpem amigos que leram o primeiro post e acharam que o post seguinte fosse ser no mesmo estilo. Mas era algo que estava guardado aqui dentro há muito tempo. Eu precisava escrever isso. E talvez tenha sido um dos motivos que me levaram a criar esse blog. Demorei um certo tempo para escrever porque era inevitável não me emocionar a cada parágrafo. Mas como eu falei anteriormente, o que ficam são as lembranças boas e a vontade de viver e ser feliz que, certamente, foram os maiores legados que ele poderia ter me deixado.
e essa é uma musica que lembra bastante ele:
"And now he's home, and we're laughing
Like we always did my same old, same old friend"
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Estória da Rua
Sexta-feira passada por volta de 23h e 1h. Dois amigos (Rech e Mosão) e eu nos encontrávamos a frente do Opinião a espera da pré-festa de formatura de outros dois amigos (Coroa e Almofada). Como de praxe, estávamos bebendo aquela ceva esperta que custa R$2,50 no bar trash-punk-rock-vanerão que tem ao lado e que sai muito mais em conta do que o “pague um leve dois” que o Opinião oferece até a meia noite.
Como mais de praxe ainda, falávamos sobre música, garotas, futebol, publicidade, churrasco, a vida, o universo e tudo mais.
Eis que surge um daqueles típicos mendigos (não sei se era, aparentava ser, mas vai que o cara só curte se vestir assim) pedinchas de trago que podem ser encontrados facilmente em qualquer noite, e começa a vir em nossa direção.
Como qualquer típico mendigo pedincha de trago, ele se aproxima com seu copo em mãos. Chega ao lado do Rech e balbucia algumas palavras incompreensíveis e faz gestos mais incompreensíveis ainda, mas que não deixam dúvida o que ele queria: um pouco da nossa ceva. Enquanto Rech tenta se livrar do rapaz, eu vejo que Mosão não esta bebendo e então fico ali plantando com meu copo na boca tentando em vão pensar uma maneira de despistar o cara, já que eu seria o próximo alvo.
Ele finalmente desiste do Rech e começa a girar o corpo e se direcionar a mim. Ainda não descobri uma maneira mirabolante de me livrar dele que faça jus a toda minha classe, elegância e estilo, portanto começo a ficar tenso e suar frio. Decido, por fim, continuar com meu copo a altura da boca e agir de improviso. Claro! No improviso eu me garanto. No improviso eu T-I-R-O D-E L-E-T-R-A. Espero ele falar e dou uma resposta brilhante. Pronto todos ficam felizes, menos ele obviamente. De qualquer forma se não conseguir improvisar, tomo o resto da ceva que está no copo na martelada. Abdico do meu plano original de apreciá-la e solvê-la vagarosamente e bebo numa martelada só, mas já tenho um plano B.
Lentamente, ele se aproxima para o confronto como quem não quer nada. Eu, com toda a estratégia traçada, repassada e decorada na minha cabeça, sinto o brilho do Eye of tiger e tenho cada vez mais certeza que não existe a menor possibilidade de ele levar uma gota que seja da minha maravilhosa cerveja. Esse páreo já é meu, porra!
Finalmente estamos cara a cara, e ele executa seu certeiro, único e fatal disparo:
- GRINGO, me dá um gole!
Simples, seco, direto, certeiro. Um soco no meio do fígado. Sinto-me como aqueles boxeadores que levam nocaute aos 5 segundos de luta. Só que, ao invés de cair ao chão e ouvir a contagem, eu despejo mais da metade to conteúdo do meu copo no copo do vitorioso e sorridente oponente (Tyson, Holiefield, Popó? Rocky Balboa? DEUS????).
Como diabos ele sabia que meu apelido era gringo? Porque gringo, com tantos outros apelidos que eu tenho? Porque chamou justamente do que mais gosto, que acho mais simpático? Eu gosto de pensar que ele não fazia idéia que esse fosse meu apelido, falou a primeira coisa que veio a mente. Agiu no improviso! E se assim foi, o improviso dele é esmagadoramente melhor que o meu. E o pior é que eu nem pareço muito gringo se a pessoa não conversou comigo ainda(haha). Era impossível ele ter ouvido alguém me chamar assim. Ele apareceu do nada, da mesma forma como sumiu.
Diante dos fatos, só me restava mesmo dar o braço a torcer e parabenizar o desafiante através da metade da metade do meu copo de ceva. Não adianta, em alguns casos o melhor a fazer é colocar o rabo entre as pernas, juntar os trapinhos e reconhecer a vitória do oponente. Perde-se ceva.Ganha-se mais uma história.
Como mais de praxe ainda, falávamos sobre música, garotas, futebol, publicidade, churrasco, a vida, o universo e tudo mais.
Eis que surge um daqueles típicos mendigos (não sei se era, aparentava ser, mas vai que o cara só curte se vestir assim) pedinchas de trago que podem ser encontrados facilmente em qualquer noite, e começa a vir em nossa direção.
Como qualquer típico mendigo pedincha de trago, ele se aproxima com seu copo em mãos. Chega ao lado do Rech e balbucia algumas palavras incompreensíveis e faz gestos mais incompreensíveis ainda, mas que não deixam dúvida o que ele queria: um pouco da nossa ceva. Enquanto Rech tenta se livrar do rapaz, eu vejo que Mosão não esta bebendo e então fico ali plantando com meu copo na boca tentando em vão pensar uma maneira de despistar o cara, já que eu seria o próximo alvo.
Ele finalmente desiste do Rech e começa a girar o corpo e se direcionar a mim. Ainda não descobri uma maneira mirabolante de me livrar dele que faça jus a toda minha classe, elegância e estilo, portanto começo a ficar tenso e suar frio. Decido, por fim, continuar com meu copo a altura da boca e agir de improviso. Claro! No improviso eu me garanto. No improviso eu T-I-R-O D-E L-E-T-R-A. Espero ele falar e dou uma resposta brilhante. Pronto todos ficam felizes, menos ele obviamente. De qualquer forma se não conseguir improvisar, tomo o resto da ceva que está no copo na martelada. Abdico do meu plano original de apreciá-la e solvê-la vagarosamente e bebo numa martelada só, mas já tenho um plano B.
Lentamente, ele se aproxima para o confronto como quem não quer nada. Eu, com toda a estratégia traçada, repassada e decorada na minha cabeça, sinto o brilho do Eye of tiger e tenho cada vez mais certeza que não existe a menor possibilidade de ele levar uma gota que seja da minha maravilhosa cerveja. Esse páreo já é meu, porra!
Finalmente estamos cara a cara, e ele executa seu certeiro, único e fatal disparo:
- GRINGO, me dá um gole!
Simples, seco, direto, certeiro. Um soco no meio do fígado. Sinto-me como aqueles boxeadores que levam nocaute aos 5 segundos de luta. Só que, ao invés de cair ao chão e ouvir a contagem, eu despejo mais da metade to conteúdo do meu copo no copo do vitorioso e sorridente oponente (Tyson, Holiefield, Popó? Rocky Balboa? DEUS????).
Como diabos ele sabia que meu apelido era gringo? Porque gringo, com tantos outros apelidos que eu tenho? Porque chamou justamente do que mais gosto, que acho mais simpático? Eu gosto de pensar que ele não fazia idéia que esse fosse meu apelido, falou a primeira coisa que veio a mente. Agiu no improviso! E se assim foi, o improviso dele é esmagadoramente melhor que o meu. E o pior é que eu nem pareço muito gringo se a pessoa não conversou comigo ainda(haha). Era impossível ele ter ouvido alguém me chamar assim. Ele apareceu do nada, da mesma forma como sumiu.
Diante dos fatos, só me restava mesmo dar o braço a torcer e parabenizar o desafiante através da metade da metade do meu copo de ceva. Não adianta, em alguns casos o melhor a fazer é colocar o rabo entre as pernas, juntar os trapinhos e reconhecer a vitória do oponente. Perde-se ceva.Ganha-se mais uma história.
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Assinar:
Comentários (Atom)